quinta-feira, 7 de março de 2013

After Party Special #6: Argo



"Este é o Império Persa, hoje conhecido como Irã. Por 2500 anos esta terra foi governada por uma série de reis, conhecidos como os Xás. Em 1950, o povo do Irã elegeu Mohammed Mossadegh, um democrata secular, como Primeiro Ministro. Ele nacionalizou a produção de petróleo que os EUA mantinham, retornando o óleo do Irã para o seu povo. Mas em 1953, a América e a Grã-Bretanha arquitetaram um Golpe de Estado que tirou Mossadegh e instalou o Xá Reza Pahlavi. 

O jovem Xá era conhecido por opulência e excesso. Enquanto o Xá ia almoçar voando de Concorde para Paris, o povo passava fome. 

E então veio uma campanha para tornar o Irã mais ocidental, enfurecendo, em sua maioria, a tradicional população xiita. Em 1979 o povo do Irã derrubou o Xá, que morrendo de câncer, recebeu asilo nos EUA. O povo Iraniano tomou as ruas do lado de fora da embaixada dos EUA, exigindo que o Xá retornasse, fosse julgado e enforcado." (ARGO, 2012)




Quando os EUA se negam a entregar Pahlavi, dá-se início ao que ficou conhecido como "Crise de Reféns". A embaixada dos EUA no Irã é invadida e mais de 50 funcionários são feitos prisioneiros. O país torna-se ambiente hostil a qualquer manifestação americana - pessoas são detidas por portarem sobrenomes diferentes, alvejados e enforcados em praça pública pelo mínimo envolvimento com o governo da "nação inimiga" e o fluxo internacional é dificultado.

Seis funcionários conseguem escapar e arranjam abrigo na embaixada do Canadá no Irã. Porém, a presença deles no país significa ainda a possibilidade de morte, caso sejam descobertos. 



Tony Mendez (Ben Affleck), especialista da CIA em "extração de pessoas", arquiteta um plano um tanto inortodoxo para o resgate: fantasiar a operação, fazendo-a parecer a produção de um filme de ficção científica. Ele pede ajuda a uma equipe hollywoodiana e, logo, a mídia noticia "Argo", um filme que reúne elementos do universo Star Wars e Star Treck e que, no geral, é um grande plágio.  Surge a piada "Argo fuck yourself" (uma brincadeira com o som da frase, que lembra "ah, go fuck yourself").



A ideia é mudar a identidade dos funcionários da embaixada, e retirá-los do Irã como se fossem membros da produção do filme. Mas, é claro, se fosse simples, não teria graça. 




O texto em aspas, lá em cima, é extraído da introdução do longa. As informações são acompanhadas de storyboards, que fazem referência às etapas de elaboração dos filmes. Foi um toque especial muito bacana, que despertou minha atenção ao contexto histórico (sempre acho mais fácil de entender quando as coisas são explicadas com desenhos, hahaha).



Argo foi indicado a sete categorias do Oscar, e recebeu as estatuetas de Melhor Filme, Melhor Montagem e Melhor Roteiro Adaptado.



4 comentários:

  1. Ainda é meio um 'será' pra mim hahahahaha, tem cara de ser zzzzzz
    mas gostei dos desenhos.

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    1. O protagonista é meio ZZZ, mas o filme é bacana :D

      Fiquei até com vontade de ler o livro, pq tô meio numa vibe ~histórica~

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  2. Concordar com o comentário da Rapha sobre o Ben Affleck ser meio sem sal xD~... mas filmes históricos em geral me ~atraem~ e muito, e tudo o que falaram de Argo antes e depois do Oscar fez ele entrar pra minha lista... Não como um dos mais urgentes,é claro, mas ainda assim, antes do próximo anúncio do fim do mundo, pretendo vê-lo

    [A primeira vez que eu ouvi falar, torci para que fosse um filme sobre mitologia T^T /todoschora só tem filmes escrotos sobre Jasão T^T~]

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    1. A primeira vez que ouvi falar do filme, eu tinha acabado de ler O Filho de Netuno e meu primeiro pensamento foi: ARGO!
      Daí não era, né, rs.



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O mundo acabando e você aí, chamando bolinho de cupcake